O prefeito de São Sebastião, Felipe Augusto, esteve na manhã deste domingo(17/05) em uma vistoria nas obras de conclusão do Hospital de Boiçucanga, Costa Sul da cidade.
No espaço estão sendo finalizados as alas de pronto atendimento adulto, infantil, consultórios, unidade de atendimentos em emergência e as alas de observação masculino e feminino.
Segundo o prefeito mais de 80% da obra já foi concluído. “Estamos entrando na fase final de acabamento e a nossa intenção é colocar a unidade para funcionar o quanto antes, inclusive, para reforçar nossas unidades de saúde durante esta pandemia do coronavírus”, estimou Felipe Augusto.
A gestão Felipe Augusto retomou os serviços para a conclusão das obras de reforma e término do hospital no final de 2019 e, entre os trabalhos realizados na unidade, está a reforma geral da estrutura com a ampliação do ambulatório, colocação de pisos, pavimentação externa, instalação de elevadores, área exclusiva para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192), entre outras ações de infraestrutura.
Obra Antiga
Considerado um dos grandes projetos para a Costa Sul do município, o Hospital de Boiçucanga está sendo construído desde 2012. A obra é fruto de investigação, e passou por uma perícia judicial que analisou o contrato referente aos serviços remanescentes de construção assinado no final de 2015, com a proposta da retomada das obras – que, na época, estaria paralisada há pelo menos três anos. Naquela ocasião o antigo gestor chegou a divulgar que havia reservado um montante de R$ 9,2 milhões para a conclusão das obras, incluindo a estimativa de entrega oficial da unidade para o final de 2016.
O empreendimento passou por perícia judicial para avaliação do contrato da obra que estavam em andamento, foi paralisada e abandonada pela empresa Volpp, detentora de pelo menos oito contratos de grandes obras executadas na cidade até então.
Da análise contratual o perito judicial constatou que, no caso específico do hospital, do contrato administrativo foram pagas 15 medições – cinco delas, inclusive, feitas com o documento já vencido. Além disso, houve um termo aditivo, assinado em novembro de 2016, contemplando apenas o acréscimo de R$ 1,3 milhão no valor final do contrato.
De acordo com o perito, a maior parte dos serviços pagos não foi executada e a soma dos valores referentes aos trabalhos efetivamente desenvolvidos pela empreiteira é de aproximadamente R$ 1,9 milhão. No entanto, foram pagos R$ 10,7 milhões por estes mesmos serviços, ou seja, somente neste contrato houve um superfaturamento de R$ 8,8 milhões de reais. Diante dos fatos, a Administração Municipal entrou com ações de improbidade administrativa e ressarcimento ao erário público.